Disciplina

disciplina

Ef 6.4; Pv 3.12; 13.24; 19.18; 20.30; 22.15; 23.13,14; 29.15,17.

O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que ama, cedo o disciplina. Pv 13.24.

A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela. Pv 22.15.

Não retires da criança a disciplina pois se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno. Pv 23.13-14.

A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. Pv 29.15.

O exemplo, a amizade, o carinho, a instrução e as boas con­versas dos pais não eliminam a necessidade da disciplina. Os filhos necessitam de disciplina quando desobedecem.

A relação de uma criança com Cristo prospera na medida em que obedece a seus pais. Jesus vive e trabalha na vida de um filho obediente. A obediência não é opcional, nem se limita ao que o filho considera justo, ela deve acontecer em todas as situações. A autoridade dos pais foi dada por Deus para formar e disciplinar os seus filhos e tem todo o respaldo Dele.

Disciplinar é mandamento do Senhor.
Dá sabedoria, tira a estultícia, conduz à
obediência e livra os filhos da morte.

O maior problema do ser humano é a rebelião contra as autoridades. Os pais não devem permitir rebelião em seu lar. É responsabilidade dos pais livrarem seus filhos de atitudes de rebelião.

Alguns psicólogos modernos dizem que a disciplina deixa traumas na criança. Isso é uma afirmação falsa e infundada. Eles confundem disciplina com espancamento. A criança precisa conhecer seus limites e aprender a obedecer. O que deixa traumas é ira, palavras agressivas e amargura de pais que perderam o controle e não sabem mais o que fazer com filhos rebeldes e estragados.

Quem ama, disciplina.

Consequências da falta de disciplina

  • Traz juízo de Deus – 1Sm 2.22-23; 3.13-14. Deus cobra dos pais a omissão da disciplina.
  • Traz sofrimento, perdição e morte para a criança. – Pv 23.13-14.
  • Traz vergonha para os pais. – Pv 29.15.
  • Provoca ira e mau comportamento nos pais e nos filhos– Ef 6.4. O pai ou mãe que grita com seus filhos, geral­mente, é um pai que já está cansado pela desobediência deles e não aplicou a disciplina quando os filhos neces­sitavam.

Quando disciplinar?

a. Sempre que o filho desobedecer a uma instrução ou or­dem dada.

A disciplina deve ser aplicada a cada desobediência. Ela não é a última providência, quando gritos e ameaças não resolvem. Na verdade, não deve haver gritos e ameaças. A criança deve aprender a obedecer a todas as ordens na primeira palavra de seus pais, sem que os pais tenham que gritar e sem a criança re­clamar. Podemos ensinar nossos filhos a obedecer na primeira ordem, apenas na segunda ordem, só gritando ou nunca.

b. Sempre que o filho tiver atitudes erradas de rebeldia.

A rebelião vai além de negar-se a obedecer uma ordem expressa. As atitudes de rebeldia tais como: “manha”, “bir­ra”, “esperneada”, “caras de protesto”, “bicos”, murmuração contra as ordens dos pais, desrespeitos, respostas desaforadas, alteração da voz com os pais e insistências, também devem ser disciplinadas.

Quais os passos ao disciplinar?

A disciplina correta deve incluir cinco etapas:

a. Explicação. A criança deve saber o porquê da discipli­na.

b. Aplicação da disciplina. A intensidade deve ser propor­cional à ofensa.

c. Oração. A criança deve confessar seu pecado e saber que o sangue de Cristo limpa o seu coração.

d. Perdão. Ela deve saber que a partir daquela hora não há mais culpa pelo ocorrido e que ela é amada pelos seus pais.

e. Reconciliação. Isso significa sair abraçada e beijada pelos pais. Também deve ser orientada a reparar ofensas, pedir perdão, restituir pequenos furtos e restaurar amizades rompidas.

Como disciplinar?

A disciplina deve ser:

a. Imediatamente. A disciplina deve ser administrada ime­diatamente após a ofensa ou desobediência. Não se deve adiar. A formação de nossos filhos é mais importante do que qualquer trabalho doméstico ou cuidado a discípu­los. A disciplina deve ser adiada somente quando não estivermos em casa e o local for inconveniente.

Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteira­mente disposto a praticar o mal. Ec 8.11.

b. Sem ira. A disciplina aplicada com ira não será uma ex­pressão correta do amor dos pais. É necessário acalmar-se antes de aplicá-la. A disciplina tem como objetivo corrigir a criança e não descarregar sobre elas nossos desagrados. (Tg 1.20).

c. Em particular. O objetivo é corrigir e não humilhar ou ridicularizar a criança publicamente.

d. Sem gritaria da criança. A criança deve aceitar e subme­ter-se à disciplina. O choro é perfeitamente aceitável. Mas não há espaço para que o filho grite, esperneie, fuja ou proteste.

e. Sem mágoas ou ameaças dos pais. Os pais não devem proferir expressões de amargura, ressentimento ou inimizade contra os seus filhos. O amor dos pais não muda com as circunstâncias. O perdão dos pais deve ser garantido.

f. Com unanimidade. Os pais têm que mostrar unanimi­dade na disciplina. A mulher deve ter o cuidado para não contradizer a seu marido e o homem deve apoiar a sua esposa, especialmente na presença dos filhos.

g. Proporcional à ofensa. Existem ofensas de gravidade diferente. Uma desobediência a uma ordem antiga, que foi esquecida, deve ser disciplinada com menor rigor do que uma resistência “face a face”. Também deve haver maior rigor para a mentira e a ocultação de erros.

A disciplina deve ser imediata e sem ira.

A disciplina é um ato de fé. Devemos fazê-lo em total de­pendência do Espírito Santo.

Todos os aspectos do Conselho de Deus para a criação dos filhos são um tesouro que devemos guardar e praticar com fidelidade. Entretanto, devemos manter claro em nosso coração que não somos nós que fazemos a obra no interior de nossos filhos. Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5b). E o Salmo 127.1 diz: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edifi­cam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”.

Nesses textos, o Senhor não está nos dispensando de fazer a nossa parte e cumprir a nossa responsabilidade. Os trabalha­dores devem edificar a casa e a sentinela deve vigiar a cidade. Não podemos colocar nossa confiança em nós e em nossa capacidade. Não temos como transformar e converter nossos filhos. Isso é obra do Espírito Santo.

Essa realidade também nos aponta para aplicar-nos à ora­ção e intercessão diárias pelos filhos, com zelo e dedicação – é uma parte fundamental da missão. Sejamos fiéis e obedientes e coloquemos toda nossa fé e confiança no Senhor e na ação de Seu Espírito em nossos filhos.

Toda nossa fé e confiança estão
no Senhor e na ação de seu Espírito
sobre os nossos filhos.

 Texto retirado da Apostila A Família – Edição 2013
– Igreja em Salvador – Site Fazendo Discípulos)

Mais sobre criação de filhos em: Amizade e Instrução.

Mais sobre família em: A família segundo Deus.