Papéis dos cônjuges

 

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Deus criou o homem e a mulher com estruturas física, emocional e psíquica diferentes, dando papéis bem definidos a cada um. Muitos problemas no casamento são causados pela falta de conhecimento dos papéis dos cônjuges. Para que haja harmonia na vida familiar, é necessário que marido e mulher conheçam e aceitem seu próprio papel e o de seu cônjuge.

Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. 1Co 11.3.

Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idô­nea. Gn 2.18.

Em sua sabedoria e amor infinitos, o Senhor Deus designou o homem para ser o cabeça e a mulher para ser a sua ajudadora idônea.

Deus designou o homem para
ser o cabeça e a mulher para ser
a sua ajudadora idônea.

A ideia de que homem e mulher são iguais e têm o mesmo papel é diabólica e está destruindo a família. Essa mentalida­de tem produzido homens egoístas, dominadores, omissos e covardes e mulheres atrevidas, levianas, independentes e frustradas.

Homem e mulher são diferentes em muitas coisas e, por isso, se complementam. Um não é maior ou melhor do que o outro. Ambos têm o mesmo valor, mas características e funções diferentes, como as três pessoas da Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não devemos ignorar as diferenças nem competir, mas admirar a graça, delicadeza e capacidade que Deus deu à mulher, e a visão, fortaleza e atitudes que deu ao homem.

O papel do cabeça

Ser cabeça significa assumir a responsabilidade geral pela família diante de Deus. O marido prestará contas a Deus por tudo o que acontece em sua casa. Ele deve esforçar-se para que a família seja encaminhada para o propósito de Deus. O homem é responsável por:

a. Governar o lar (1Tm 3.4,12). Governar com graça e amor, dar direção, liderar e ser o representante de Jesus para a família. Expressar o caráter de Cristo em sua conduta e não usar de sua autoridade para impor os seus próprios caprichos (Mc 10.43).

b. Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19).

c. Amparar, cuidar e proteger a família (Ef 5.29). Solucionar todas as dificuldades que surjam, com a ajuda do Senhor. Guiar a família a uma convivência amorosa e feliz.

d. Ser sacerdote para a família (Gn 18.19). Ensinar a palavra de Deus, instruir, animar, edificar, repreender e corrigir. Ensinar principalmente com o exemplo.

e. Suprir e atender necessidades da esposa.

f. Assumir a responsabilidade principal no ensino e disci­plina dos filhos (1Sm 3.12-13; Hb 12.7-9).

g. Ter o papel principal na formação dos filhos homens. Afirmar os valores de sua masculinidade. Ensinar-lhes habilidades e trabalhos, orientá-los na área profissional, praticar esportes, dar educação sexual, etc.

h. Ser presente e atencioso com as filhas mulheres. A educação das filhas não é responsabilidade exclusiva da mãe. A presença, carinho, afeto e proteção do pai são muito importantes na formação das emoções e caráter das filhas. Uma filha bem suprida pelo pai ficará mais resguardada de investidas de homens inescrupulosos.

i. Ocupar funções de liderança na igreja (1Tm 2.8,12).

Ser cabeça significa governar, suprir e proteger
com graça e amor. É ser o responsável
pela família diante de Deus.

O papel da ajudadora idônea

Ser ajudadora idônea significa colocar-se ao lado e estar pronta para cooperar com o cumprimento da mis­são que Deus confiou ao marido. Ela deve reconhecer que o marido tem a autoridade principal no lar. Não com­petir com ele, mas ajudá-lo. Deus a fez idônea, ou seja, competente e capaz para cooperar e não para governar. Quando a mulher governa, traz graves danos. (Gn 3.6,17). Quanta benção e alegria o marido e os filhos recebem de uma esposa e mãe sábia e graciosa. Em seu papel, a mulher é responsável por:

a. Ocupar-se mais na criação dos filhos (1Tm 2.15; 5.14). Ser mãe é a sua principal missão.

b. Atender a família e cuidar da alimentação (Pv 31.13-15).

c. Cuidar do vestuário da família (Pv 31.21-22).

d. Cuidar da casa (Tt 2.5).

e. Se necessário, ajudar no sustento financeiro (Pv 31.16-18,24). Isso somente se for necessário e possível, evi­tando sair do lar.

f. Ensinar as Escrituras e também cuidar da disciplina dos filhos (2Tm 1.5; 3.14-15).

g. Cuidar da formação integral das filhas. Ensinar-lhes sobre: caráter, feminilidade, comportamento social, tarefas domésticas, habilidades manuais, conduta com rapazes, educação sexual, etc.

h. Ser presente e atenciosa com os fi­lhos homens. A criação dos filhos não é responsabilidade exclusiva do pai.

i. Instruir as mulheres jovens a res­peito do desempenho do seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5).

Ser ajudadora idônea significa colocar-se ao
lado do marido e cooperar com o cumprimento
da missão que Deus confiou a ele.

Atitudes erradas do homem

a. Não assumir seu papel como cabeça. Quando é assim, a casa fica desamparada e a esposa pode ultrapassar o seu papel e ficar so­brecarregada pelo peso de tantas obrigações familiares.

b. Anular a mulher. Alguns querem fazer tudo sozinhos. Não conversam com suas esposas nem buscam a opinião delas. A mulher fica frustrada e amargurada.

Atitudes erradas da mulher

a. Tomar o lugar do marido. Algumas mulheres assumem a liderança da família e anulam o marido. A mulher não foi feita por Deus para levar essa carga. Assim, ela quebra a ordem de Deus.

b. Ser independente do marido. Há mulheres que tomam as decisões de sua vida e da casa a revelia de seus maridos. Algumas buscam a própria realização e dão prioridade à sua profissão.

O sustento da casa e o trabalho da mulher

E a Adão disse: …em fadigas obterás da terra o sus­tento durante os dias de tua vida. Gn 3.17.

Todavia, (a mulher) será preservada (salva) através de sua missão de mãe,… 1Tm 2.15a.

Desde a criação, no Éden, o homem recebeu o encargo de prover o sustento e a proteção (Gn 2.15). Depois da queda do homem, o juízo de Deus não alterou estas funções. O homem continua sendo provedor (Gn 3.17-19) e sua mulher sendo mãe e ajudadora (Gn 3.16).

Portanto, o normal é que o homem ocupe a maior parte do tempo no trabalho e a mulher com a casa e os filhos. Se não tiverem filhos, a mulher terá mais liberdade para sair, trabalhar e ajudar economicamente. Mas quando ela for mãe, seu lugar é o lar (Mq 2.9; Sl 128.3). A maternidade é a grande missão que Deus lhe deu e ela deve consagrar-se à tarefa de criar filhos.

Qualquer profissão que a mulher tenha
deve estar subordinada ao seu papel de mãe.

Há situações extremas, nas quais o marido não está con­seguindo suprir o sustento da casa. Os casos em que a mulher precisa sair para trabalhar devem ser vistos como um mal necessário e nunca como um padrão. Em algumas famílias, esposas têm cometido o erro de trocar o cuidado e atenção a seus filhos por um padrão de vida mais elevado (moradia, car­ro, escola, etc.). A ausência da mãe é muito prejudicial para o desenvolvimento dos filhos e para o bem estar da família.

Cada um deve conhecer e assumir o seu papel

A palavra do Senhor é muito clara quanto à conduta que Deus espera de cada cônjuge. Não são papéis opcionais, são determinações do Senhor: o marido é cabeça da esposa e a esposa é sua ajudadora idônea.

Muitos cônjuges anotam os deveres do outro, vivem co­brando o seu cumprimento, mas não cumprem os seus pró­prios deveres. Dentro do casamento, cada um deve assumir a sua responsabilidade, independentemente do comportamento do outro.

Se colocarmos em prática os princípios do reino de Deus no lar, haverá paz, harmonia e bom exemplo para os filhos e suas futuras famílias.

 Papéis dos cônjuges

 (Texto retirado da Apostila A Família – Edição 2013
– Igreja em Salvador – Site Fazendo Discípulos)

Mais sobre família em: A família segundo Deus.